Calos de andarilho lunático
Calam-me os passos gastos
Falam nos telhados os gatos
O esperanto da espera apática
Miado entre equador e ártico.
Me recato, em nada enfático.
Poesias e outras fugas
Calos de andarilho lunático
Calam-me os passos gastos
Falam nos telhados os gatos
O esperanto da espera apática
Miado entre equador e ártico.
Me recato, em nada enfático.
Entendo de gente,
de assuntos esotéricos
à sentimentos dramáticos,
para tudo o que se sente
dou conselhos fantásticos.
sou um demente lunático,
protótipo de incógnita
elevado ao neurótico
perdido na matemática.
Não chegues tão perto!
Mora uma ave de rapina,
Uma ave ferida,
No oco deste tronco branco.
No cerne do deserto,
Suas inertes retinas
Refletem da partida
Pegadas de um santo manco.
Tal destino incerto,
Qual paralela sina:
Cravelha de duas vidas
Em negras plumas, e negro manto.